A viagem dos meus sonhos…

Navio Costa Romàntica
Navio Costa Romàntica

Sempre fui louco pra fazer uma viagem de navio com a madame (..ela mais ainda…). Neste carnaval, assim como em vários outros, chegamos até a cogitar a possibilidade de passarmos as festas em pleno alto-mar mas, como sempre, os custos do “investimento” sempre surgem para nos demover de nossos planos originais. Mas, façamos aqui o “mea culpa”. Do casal, na hora de assumir uma “extravaganciazinha” maior em questão de viagens, sempre sou eu, o do “contra”. Em linguagem mais técnica, o “cagão”!

A sorte é que quase sempre, quando deixamos de lado a tão aguardada viagem de navio, conseguimos substituir por uma outra programação tão boa quanto (…presumo né!? Nunca andei de navio….rs…). Mas, quando acontece de nossa opção não ter sido das melhores, aí é um Deus nos acuda. Fico ouvindo um “disco furado” no meu ouvido: “…tá vendo!? Era para estarmos naquele glamouroso e romântico restaurante panorâmico daquele maravilhoso navio….mas, por sua causa, estamos nesta porcaria de restaurante a quilo, cheio de mosquito e gente feia…”. Nestas horas, como você também está puto com você mesmo, pela escolha que deixou de fazer, o melhor é ouvir bem caladinho, sem tirar a atenção da mosquitada, te comendo vivo…

Mas, desta vez, o dia foi da caça (eu) e não do caçador (minha mulher). Tínhamos ficado entre duas opções de navios (antes de eu babar a brincadeira, como sempre!…): um era o “Island Scape” e o outro, um tal de “Costa Romàntica”. Que coisa linda…….pelo nome, já até imagino em qual a gente ia embarcar.

Qual não foi minha surpresa ao ver notícias de que o navio de cruzeiro “Costa Romàntica” estava à deriva, sem água e sem luz. Tudo em função de um incêndio ocorrido na sua casa de máquinas. Imagina só a cena: nossa primeira viagem de navio e acontecendo uma merda dessa! Convenhamos, desta vez, minha intervenção foi das mais oportunas.

Foi uma coisa horrível, pelo que foi narrado pelos 1500 passageiros e os 600 tripulantes. A turma reclamava muito da falta de comida, de iluminação (o que forçou as pessoas a se manterem no convés) e, principalmente, de um cheiro insuportável de fezes. Pensei: “fezes?!”. A gente espera sentir cheiro de tudo em um cruzeiro de luxo (ainda que em condições de emergência). Talvez, cheiro daquele perfume vagabundo “alfazema”, por exemplo, já seria algo insuportável, a 100 Km da costa, mas de “fezes” foi demais pra minha imaginação.

Em uma das declarações de um brasileiro que lá estava, deu pra perceber a gravidade da coisa: “..um descaso total, não tinha condições de ir no banheiro, tudo fedorento…..tinha fezes por todos os lados, tinha urina por todos os lados do navio”.

A minha mulher ouvindo aquilo, foi logo desconversando e se mostrando, de repende, interessadíssima no desempenho das escolas de samba do primeiro grupo carioca. Afinal, aquela tragédia poderia abalar definitivamente nossas pretensões futuras de entrar num navio. Entendi logo sua aflição e resolvi ficar quieto. A tripudiada podia ficar pra depois….rsrs..

Naquele mesmo dia, antes de dormir, virei pra ela e disse:

– Querida, fique tranquila, nós ainda vamos fazer a nossa viagem dos sonhos em um navio, bem romântico, tá!?…

– Ahh… tomara! Espero muito mesmo, meu amor….

– Mas, que a viagem deste ano, no “Costa Romàntica”, ia ser uma merda, disso você não tem dúvida não, né?!….

– (silêncio prolongado). É. Ia ser mesmo uma merda, literalmente!….

Veja a notícia na íntegra aqui.

Um carnaval pra lá de zen

budismo e a tranquilidade de espírito

Aceitei o convite de passar o carnaval com a família, na casa de amigos, na aldeia da praia, em Guarapari (ES). Embora eu já o frequente há bastante tempo, toda vez que tenho a oportunidade de lá estar, não canso de me encantar com a beleza e tranquilidade daquele lugar. Fora a hospitalidade de nossos amigos que, de tão boa, é um capítulo à parte nesta análise.

A Aldeia é um bairro de luxo, um condomínio fechado. As casas são lindas e não possuem muros, quando muito, cercas vivas. As praias, praticamente “particulares”, são de areias claras e águas cristalinas (ainda mais em fevereiro). Pela rodovia do Sol, você sai de Vitória e chegando lá, vira à esquerda bem antes da “muvuca” de carnaval, que bem caracteriza a “cidade saúde”.  Passou pela porteira, pronto! Sossego total.

Bom, meu carnaval de 2009, foi exatamente como eu imaginava um carnaval já há algum tempo. Sem confusão, sem engarrafamento, sem fantasias, sem bêbado chato falando de futebol e, Jesus tem poder, sem música baiana!!!!!! Afffff……

Posso dizer que, não fossem as olhadas de relance na TV, para ver alguns segundos do desfile de uma escola de samba ou de outra, naquelas condições, a gente até se esquecia que a época era de carnaval. 

Neste ano, não me “empanturrei de comida” (…consegui engordar somente 1 Kg…), quase não bebi bebida alcoólica, corri todos os dias (isso deve ter dado, por baixo, uns 45 Km…), não ia dormir de madrugada, acordava descansado e, claro, me diverti de montão com minha mulher, meus filhos e todos os amigos que estavam conosco. Para muitos, certamente, o fato de eu ter gostado tanto assim deste programa, é um patente sinal da inevitável senilidade chegando. Para mim, foi só um “feriado” pra ninguém botar defeito! 

A coisa tava tão Zen e tão maravilhosamente tranquila que, no domingo de carnaval, algo chegou a me incomodar, rompendo aquele esplendoroso silêncio noturno. Mal acostumado que fiquei, fui logo perguntando indignado, ao meu amigo anfitrião, que barulho dos diabos devia ser aquele que a gente ouvia ao longe. Ele explicou, morrendo de rir que, na verdade, aquilo que eu estava achando uma tremenda “confusão”, era somente um encontro de adventistas, muito comum no carnaval, que ocorria num terreno vizinho àquele condomínio. Aquelas, provavelmente, eram apenas canções de louvor, entoadas com muita energia, por um enorme rebanho de animados fiéis que, “fugidos” das situações e desejos “mundanos” desta época, refugiaram-se todos, protegidos do “mal” e em favor do “bem”.

Não costumo disfarçar minhas características pessoais. Uma delas, lamentavelmente (..ou não…), é o exagero. Mentalizei tanto para ter neste ano um carnaval tão Zen e tão afastado de atropelos que não poderia dar outra. Para quem acredita, joguei o desejo para o Universo com todas as minhas forças e o Universo me retribuiu na medida exata de meu pedido. 

Quanto ao barulho dos adventistas, resta-me fazer duas leituras. A primeira seria a de que nem tudo é perfeito. Tinha de ter aquela cantoria toda, senão eu nem poderia acreditar naquele “nirvana” em que estávamos inseridos. Já a segunda leitura, me leva a crer que, por mais que eu tente “fugir” e me deliciar com um encontro íntimo comigo e com as pessoas que amo, sempre haverá algo me lembrando da necessidade de eu também considerar o estado deplorável em que se encontra a minha atual espiritualidade, dando a ela a atenção merecida e necessária. Voltei pra casa pensando nisso, como uma meta para 2009. Afinal, o ano não começa agora?!…rsrs…

É…! Foi, de fato, um carnaval mais do que perfeito!

HSF


Não tem jeito: a máquina descobre!

Todo mundo tem um amigo que não tem o que fazer. Ainda mais no carnaval que, em tese, as pessoas estão predispostas ao ócio. Eu não sou diferente! Um desses amigos me apresentou um site muito interessante. É o Akinator.com que se propõe a descobrir quem é a pessoa em quem você está pensando. Se for uma pessoa famosa, ao final do teste, ele apresentará não só o nome, mas também a foto da pessoa. Posso dizer que parece algo incrível!

Na verdade o sistema se retro-alimenta. Trata-se de um software de “inteligência” dinâmica, que aciona um poderoso banco de dados, por exclusão, na medida em que você responde às perguntas que lhe são feitas. Muito bacana, mesmo! Ainda mais para quem não tem o que fazer, claro!…rsrsrs….

O certo é que vale a pena a experiência. Pense em qualquer pessoa (…eu disse qualquer mesmo!!!!…), responda às perguntas com honestidade e, tenho certeza, será surpreendido. Após uns 12 testes que fiz, só teve um brasileiro, mais ou menos desconhecido que o sistema não conheceu e, não acertou! Aí, sabe o que acontece? O sistema pede que você o alimente com o tal nome que, até aquele momento, ele não conhecia. Aí, das próximas consultas, aquele não será mais um desconhecido. Em tese, este processo de realimentação, vai ocorrer até o dia em que você entrar no sistema, pensando em sua sogra e, ao final, ao invés de aparecer o nome “sua sogra” com a foto de um cactus (como acontece atualmente!…), aparecerá, de fato, a foto da querida senhora. Para alguns, será um verdadeiro pesadelo!….

 

akinator.com


Mark Twain e nossas dificuldades

                                                    mark twain

“Sou velho e já passei por muitas dificuldades, mas a maioria delas nunca existiu”