Se o deputado falou, a gente acredita!…

albertofraga_atireiopaunogatoO deputado federal Alberto Fraga (DEM), hoje  licenciado da Câmara e secretário de Transportes do Distrito Federal, vinha pagando à sua empregada doméstica (faxineira de sua residência) usando os recursos da Câmara Federal.  É que a trabalhadora, na verdade, constava como funcionária (comissionada) de seu Gabinete de deputado, na condição de secretária parlamentar, olha que chic!…

Aliás, a Dona “Izolda” (…podia ter um nome melhor para uma situação dessas?!…rs….) foi contratada mesmo pelo deputado Osório Adriano (DEM), suplente de Fraga e que ocupa, naturalmente, seu gabinete. 

Uma curiosidade do Deputado Fraga é que, na condição de coronel da reserva da Polícia Militar, ficou conhecido na Câmara como o principal nome da “bancada da bala”. Em 2005, chegou a presidir a frente parlamentar contra a proibição do comércio de armas no país. Em 2007, assumiu a Secretaria de Transportes distrital.

Bom deputado, como eu prefiro ficar longe de “balas”, vamos combinar o seguinte: esse “crimezinho” anão, como o senhor muito singelamente deixou claro (quando comparado a outras acusações feitas contra parlamentares), deve ocorrer a torto e a direita no Congresso, sendo este só mais um. O fato de ter vindo à tona é que foi chato, né!? Porque existir é uma coisa, vir à tona é outra, completamente diferente…rs….O jeito agora é mandar a pobre embora e esperar a poeira baixar….depois…..bom, depois o senhor sabe né deputado, começa tudo de novo, ok!? Então, quanto ao crime (desvio de função de servidor público, etc, etc, etc), vamos deixar de lado. Fiz vista grossa, pronto!

Agora, deputado, o ato falho, não vou ter como deixar passar em branco, não, tá bom!? Tenho outra saída, fala a verdade? O senhor chegou a ver o VT? É engraçado demais, deputado. E olha, Freud (…espero que saiba quem ele foi…) dizia que o tal do ato falho ou ato sintomático é um equívoco na fala, na memória ou em uma atuação física, provocada hipoteticamente pelo inconsciente, de forma que, ao cometê-lo, o agente estaria realizando o seu desejo do inconsciente. Em resumo, nada acontece acidentalmente. Para Freud ficou mais do que evidente de que o ato falho era como uma constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido. Mas, vamos mudar o rumo dessa prosa, porque nesta linha a coisa pega de novo, né, deputado?! rsrs…

Voltando para a sua entrevista, deputado, foi o senhor mesmo que disse que a “Dona Izolda” fazia “serviços domésticos” para o senhor, não foi?! Pois é! A gente acreditou. Mas, quando o senhor tentou consertar e desistiu no meio do caminho, dizendo: “Agora, realmente, ficou complicado de explicar…..”……aí não, deputado, isso foi maldade demais com a gente….aquilo foi engraçado de doer a barriga de tanto rir……Depois disso, posso assegurar, o prêmio “piada pronta” da semana, vai para o senhor…..mas, sempre, com todo respeito, é claro!…

HSF

O furo da “Folha”, aqui. Notícia no “Correio do Brasil”  aqui. Notícia em “O Globo” aqui.

 

“OB” de Obama…

Ontem me ligou um amigo com a seguinte conversa:

Tenho uma boa pra seu Blog…

É?! Qual?

Sabe porque o Presidente Barack Obama está sendo chamado de “OB“?

Não…(respondi pra ouvir a resposta logo, é claro!)

Porque o cara tá no melhor lugar do mundo, só que na pior hora!…….hahahaahaha! (Ele mesmo riu da piadinha que contou….).

Pessoabarack-obama_greghalbertcoml, eu sei que depõe contra a intelectualidade deste dileto blog, sei que é de um conteúdo machista ao extremo, infame e inoportuna essa piadinha mas, convenhamos, amigo é amigo, né?!….Duas coisas que não se nega a um amigo: pedido de publicação de piada sem graça em seu blog e um copo d´água, o resto a gente discute!…

Curiosidade: Será que a Johnson & Johnson contribuiu, ao menos um pouquinho, com a campanha eleitoral do Obama, hein!?…

Montaigne e a atitude perante a morte

Quando descrevi aqui a emocionante luta pela vida de nosso vice-presidente José Alencar, enfatizando a grandeza de espírito que ele demonstrava diante de circunstâncias tão delicadas e pessoais de sua vida, parece que toquei em tema bastante polêmico e que, pelo número de visitas do referido post, é tema recorrente em muitas mentes.

Mas, não é de hoje que este assunto vem sendo tratado pelas pessoas, principalmente por pensadores. O filósofo francês, Michel Eyquem de Montaigne,  do século XVI, exprime bem este pensamento em um de seus ensaios, com uma frases das mais célebres de toda a sua coleção:

 

Michel de Montaigne
Michel de Montaigne

 

 

“…nada mostra com tanta clareza a estatura de um homem como a sua atitude perante a morte..”

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Privilegiados, somos nós, Sr. vice-presidente!…

Poucas vezes lembro de ter me emocionado, verdadeiramente, diante das declarações ou das atitudes de algum político. Não por eu nutrir qualquer tipo de idéia pré-concebida de que políticos “mentem” ou “só querem se dar bem”, como volta e meia, ouve-se por aí. Não! Nem teria sentido, pois além de discordar desta “regra geral”, a minha convivência com políticos e até mesmo como político não me deixariam em posição confortável para assumir tal postura, tão alicerçada no “lugar-comum”.

Mas, defendo com a mais absoluta convicção, de que na maioria dos casos, os políticos, por força de seu ofício, precisam apresentar verdades circunstanciais ou, em outra hipótese, precisam “confundir” seus observadores, enquanto planeja, intimamente, exatamente aquilo que quer. Em linguagem mais popular, como já ouvi, algumas vezes, da boca do próprio Governador Paulo Hartung, deve-se fazer como cavalo da roça, que vira a cabeça para a esquerda, mas faz a curva para a direita.

Entretanto, em um determinado momento, único, os políticos conseguem marcar e emocionar, de verdade, o seu público. É quando se deixam ser humanos, como nós. É quando se vêem diante de uma situação que nada combina com acordos, “canetadas”, apertos de mãos, trocas de favores ou qualquer outra prática tão comum em suas vidas profissionais. É quando se vêem diante de uma grave doença ou da própria morte, por exemplo. Continuar lendo Privilegiados, somos nós, Sr. vice-presidente!…