Rivalidade Brasil x Argentina: nada de novo!

Tal qual a seleção brasileira de futebol, a celeste argentina também foi eliminada nas quartas de final da Copa de 2010. Todavia, embora los hermanos tenham tomado um inimaginável chocolate de 4 x 0 da Alemanha, achei a sua saída da competição muito mais honrosa do que a nossa (Brasil 1 x 2 Holanda). Os nossos velhos rivais lutaram até o fim. Foi bem diferente daquela apatia que abateu a seleção canarinho (…que título ridículo…rs..).

Mas, ao ver brasileiros comemorando a derrocada argentina, muita gente boa e competente saiu em defesa dos vizinhos, dizendo os motivos pelos quais não deveríamos torcer contra a Argentina. A lista de razões é infindável, passando pelas inquestionáveis competências daquele país, tais como, literatura, cinema, culinária, bom gosto, dentre outros.

Eu mesmo atenuei aquela imagem “folclórica” do argentino médio como um povo arrogante e se achando melhor do que todos. Bastou uma recente visita ao país (Buenos Aires e Bariloche) para reconhecer, imediatamente, os inúmeros atributos positivos do povo, da nação vizinha. De fato possuem um cinema espetacular (ainda melhor e mais consistente que o nosso), uma literatura com reconhecimento internacional, uma cultura geral que dá de dez na do povo médio brasileiro, uma educação (ensino) de provocar inveja nos sul americanos, uma culinária de extremo bom gosto. Bom, se não bastasse tudo isso, eles ainda possuem as argentinas. Para alguns, mulheres lindíssimas. Fato comprovado…

Agora, com todo respeito, a mim me parece que as pessoas costumam, nesta hora, fazer uma certa confusão entre a rivalidade no futebol, com algo que poderia passar disso. Gosto muito da Argentina e tenho muito respeito pelo povo de lá. Aliás, por mim, voltava todo ano à patagônia argentina no inverno. É simplesmente imperdível!

Mas, daí a não comemorar quando nossos arquirivais do futebol caem fora de um torneio, já seria demais não!? Afinal, que mal há nisso? Gente, isso é só futebol. Seria o mesmo que criticar a rivalidade entre Flamengo e Vasco, Palmeiras e Corinthians, Atlético e Cruzeiro. Tem coisa mais gostosa do que comemorar a vitória do Vascão sobre o Flamengo gozando a cara dos amigos flamenguistas, fala a verdade? Se bem que nem me lembro da última vez que fiz isso…rs…

Do contrário do que muitos pensam, não é a adoção de tecnologia (para auxílio da arbitragem) que poderia acabar com o futebol mas, sim, esta falsa idéia de que a rivalidade entre times e países, circunscrita ao esporte, é maléfica. Aliás, a gozação é a cara do brasileiro que faz piada com tudo, inclusive com o próprio infortúnio. Este espírito descontraído, inclusive, contribui para a fama que o Brasil carrega de ser o país do futebol.

Aos que se preocupam com esta antiga rivalidade, posso assegurar que temos convivido muito bem com ela e o que é melhor, não se trata de um sentimento unilateral. Quando o Brasil caiu diante da Holanda, o jornal OLÉ publicou uma matéria em que sugeria que o Kaká comprasse uma TV LCD para terminar de ver a copa do mundo em casa. Eu diria que agora, diante desta TV novinha em folha, devem estar também o Messi, Veron, Tevez e companhia limitada. Haja espaço na sala do Kaká. Aí eu pergunto: como é que a gente viveria sem esta “amável” troca de gozações?!…

Por mim, as coisas continuam como sempre foram: brasileiro adorando ver argentino perder no futebol e vice-versa. Aliás,  a última que inventaram é que o Dunga e o Maradona vão ser sócios em um novo restaurante, especializado em suco de laranja e salsichões….rs…. Vai dizer que não acha isso engraçado? Não? Então vai me desculpar mas seu negócio não é futebol! Quem sabe não se interesse por polo (argentino, de preferência…)?

HSF

Sempre torço para o touro

BULLFIGHTING-SPAIN-SAN FERMINPoucas tradições criadas pelo homem, ao longo de sua evolução história e cultural, são tão idiotas e sem sentido como aquelas que envolvem animais irracionais, via de regra, sendo maltratados para o deleite de um bando de covardes.

Desde garoto, não faço idéia porque, nunca gostei de filmes, atividades ou apresentações que tivessem como “artista” principal um bicho. Sempre tinha a nítida sensação de que aquele pobre animal não havia pedido para ser “astro” e, ainda pior, se pudessem ter a consciência de sua existência, talvez odiassem o ser humano que o escravizou e o desvirtuou da sua mais pura natureza, por dinheiro.

A tourada, por exemplo! Que me desculpem as nações que conseguem vibrar com aquela selvageria, mas aquilo é uma “escrotice” sem tamanho. Um animal gigante, normalmente dopado, é induzido ao erro ao preparar ataques a um sujeito ridiculamente vestido, com corpinho de bailarina e um pano vermelho, cujo verso esconde uma ou duas espadas bem afiadas (isso, para o caso de se precisar antecipar o final do “show”). Aos gritos de uma platéia dominada pelos seus extintos mais longíquos, o animal sofre a cada “espetada” que toma no dorso, enfraquecendo, pouco a pouco, até que o “ato de misericórida” desferido pelo toureiro, em sua nuca, o faz sucumbir. Dizem que depois de tudo, aquele animal morto vira comida de pessoas carentes. Grande coisa!… Realmente, me pergunto: como é que alguém pode gostar de ver isso!?

Aqui no Brasil temos os rodeios que, segundo seus defensores mais ardorosos, “nenhum animal sofre”. Nunca fui a um, nem tenho vontade de ir. Mas, nada me tira da cabeça que aqueles bezerros laçados à distância e que depois precisam ser amarrados em tempo recorde, virando um pacote em que somente seus olhos se movem, não me parece ser uma diversão para eles tanto quanto parece ser para toda aquela gente, vibrando na arquibancada, ostentando grandes chapéus de vaqueiro e suas hipertrofiadas fivelas de cinto. Eu respeito quem gosta, sim, mas acho aquilo tudo ridículo!

Na Espanha e em diversos outros países existe uma secular tradição, numa determinada data do ano, em que touros são soltos pelas ruas e um monte de babaca fica correndo atrás e na frente, como que desafiando o “perigo”, enquanto apedrejam, espantam, furam, cortam e maltratam o animal, cujo fim, normalmente, não é diferente daquele seu primo da tourada.

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Espetáculos circenses mais modernos já perceberam que pouca gente quer ver elefantes, chimpanzés e leões fora de seu habitat natural, fazendo “graça” como se fossem crianças de 2 aninhos, fazendo a família vibrar com a sua precocidade e capacidade de pular de um banquinho a outro. Nesta corrente, foram criadas duas categorias de espetáculos: aqueles que vão de carona no maravilhoso Cirque de Soleil (sem bichos) e aqueles, decadentes, que ainda precisam divulgar seus números desfilando pela cidade, em uma caravana mal cheirosa, com animais enjaulados e “descontentes”.

É por estas e outras que a minha torcida SEMPRE será para o animal, quando maltratado no picadeiro. Querem me ver vibrar, como se o Vascão tivesse enfiando uma goleada no rival rubro-negro, é quando um touro levanta a 3 metros do chão seu algoz de “roupinha bordada” ou quando atropela um idiota qualquer, nas ruas de Pamplona, sem piedade! É quando eu costumo gritar “olé”!!…

Crueldade de minha parte? Desvio de caráter? Acho que não. Da mesma maneira que se explica o gosto daqueles que se divertem com o sofrimento de um mamífero inocente, no meu caso, talvez, também seja somente um reflexo de nossa tradição cultural que nos faz se afeiçoar aos “pobrezinhos” e  sempre nos coloca do lado da torcida pelo mais fraco, por mais improvável que esta vitória pareça ser.

HSF

Vasco 2 x 0 Flamengo. É desse jeito…

Ai….Ai……Confesso que estou até ficando mal acostumado com essas “manchetes” relacionadas ao futebol carioca, sabe…..

vasco2flamengo0Num clássico com quatro expulsões (Carlos Alberto, Ramon e Titi pelo lado do Vasco e Leonardo Moura e Willians pelo Flamengo), o Cruzmaltino derrotou o Rubronegro por 2 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela quarta rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. Muito mais do que a simples vitória, o time de São Januario encerrou um jejum de triunfos sobre o rival, que não acontecia desde 2007.

Aliado a isso tudo, o Vasco continua na liderança do grupo A, com 12 pontos, superando o Fluminense nos critérios de desempate, e cada vez mais próximo da vaga à semifinal da Taça Rio. De quebra, o Cruzmaltino tirou o Flamengo da zona de classificação. O Rubronegro é o terceiro da chave B, com sete pontos, dois atrás de Botafogo e Friburguense….“. O grifo foi meu, claro, com muito prazer!

Para saber um pouco mais sobre esta ótima notícia, basta clicar aqui.

E que nenhum “estraga-prazeres” venha me lembrar, neste emocionante e futebolisticamente feliz final de domingo, que o Vasco, nem por causa desta consagradora vitória sobre o seu arquirival, deixou de estar na série “B” do futebol brasileiro, ok!? Notícias e lembranças ruins, só a partir de amanhã, hoje não! Xô…..rsrs….

HSF