Até pouco tempo atrás, a classe média alta do Brasil se “lambuzava” com uma situação que, embora haja divergência, nada me tira da cabeça que tinha algo de surreal (ilusório): dólar a R$ 1,59.
Os números provavam que a festa era grande com este dólar tão baixo. Viagens, compras no exterior, cartões de crédito internacionais, compras em sites internacionais, etc, etc, etc… A coisa começou a tomar proporções tão relevantes que o governo brasileiro, preocupado em coibir tais ações, chegou a criar (acho que em vão!) até uma “forma” de inibir compras no exterior, majorando o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre estas compras feitas por cartão, para 6%. Não fez nem cosquinha, porque a “farra” continuou….rs
Agora, neste setembro de 2011, crises e instabilidades no mundo devolvem ao todo poderoso dólar, parte daquilo que havia perdido, tendo a moeda quase atingido o patamar de R$ 2,00. Bom para as exportações? É… talvez! Mas, péssimo para aquelas comprinhas no exterior, principalmente em Miami, tão planejadas durante todo ano.
Não sei se este aumento será duradouro (…já caiu de novo um pouquinho….) ou se virão novas políticas econômicas que venham a estabilizar a relação Real (R$) x Dólar (US$), mas fico aqui pensando no “drama” daqueles que, nos últimos anos, haviam esquecido as compras no Brasil. As pessoas diziam: “…por que comprar aqui, se nos EUA compra-se marca famosa, com qualidade e muito mais barato?”. Depois de ouvir isso muitas vezes, devo admitir que acabei reconhecendo que tal frase carrega uma certa lógica, embora me pareça prejudicial ao país.
O tempo dirá se teremos alguma mudança na atitude e no comportamento de alguns brasileiros por conta desta nova aparente realidade econômica. Como bom patriota, a minha torcida será sempre pela preservação e recuperação da indústria e do comércio interno do país, fortalecendo a nossa balança comercial, aumentando postos de trabalho e passando para o Mundo a imagem de um Brasil desenvolvido e respeitado pelas suas políticas públicas que associem um capitalismo moderno sem molestar as garantias e direitos fundamentais do cidadão (lindo!).
Agora, como a gente sempre quer “omelete sem quebrar os ovos”, confesso que acharia muito melhor se fosse possível a busca de uma uma solução para termos todos estes avanços, sem prejuízo daquela boa e velha comprinha internacional. Eita vício difícil de se largar!…..
HSF