Um dia muito ruim…

Imagine uma coisa que pudesse acontecer com você hoje e que, certamente o deixaria muito, mas muito irritado (Puto, seria o termo mais autêntico, para o caso!…). Agora multiplique ou potencialize por 3 (no mínimo)…Aí, põe irritação nisso, não é!? Pois o meu dia de ontem foi assim! De tirar “monge budista” do sério. Alguns o chamariam de um dia de fúria, outros de um dia de cão, eu, por mera precaução, prefiro me limitar a chamá-lo simplesmente de dia “ruim”. Pelo menos assim, consigo colocá-lo na categoria de um dia como qualquer outro, só que com características que exigem da gente um maior preparo psicológico para reagir, adequadamente, aos acontecimentos. 

Acho que isso deve ser muito mais comum do que se possa imaginar. Todo mundo já deve ter experimentado um dia desses, em que se tem a nítida impressão de que todas as más notícias e irritações de toda natureza resolveram se concentrar naquelas, aparementemente, comuns 24 horas. 

dia-de-furia-atireiopaunogato

dia_de_cao_atireiopaunogatoAliás, isso já deu até enredo de filme. Lembro de dois, especialmente que me vêm à

 cabeça imediatamente quando penso em um dia em que a gente se deixa se descontrolar por motivos externos. Um deles, e mais antigo, é o “Dia de cão”, protagonizado pelo craque Al Pacino. O outro, um pouco mais novo, é o “Dia de Fúria”, cujo ator principal foi Michael Douglas. O primeiro filme baseia-se em fatos reais: um homem (Al Pacino) e um cúmplice estão cercados em um banco, com os funcionários como reféns, ao tentarem assaltá-lo. Diga-se de passagem que tudo dava errado para o cara. Em torno do acontecimento, que deveria durar apenas dez minutos, mas acabou durando horas, a mídia torna tudo um evento que tende a não acabar bem, como de fato, é o que acontece. Já o segundo filme retrata a história de um homem desempregado que chega ao seu limite de equilíbrio emocional,  num dia, durante um congestionamento e resolve combater a escória da sociedade ele mesmo. Será um dia inesquecível para William Foster (Michael Douglas) e o detetive que estava para se aposentar, Martin Prendergast (Robert Duvall), que tem a missão de encontrá-lo e capturá-lo na imensa Los Angeles. Para quem gosta de filmes antigos, mas que fazem a gente pensar, eu indico os dois. São os detalhes do psicológico dos personagens que tornam as tramas muito interessantes. 

Bom, voltando ao meu dia, não penso que devo “apagá-lo” completamente de meu calendário, por três razões: 1) porque ao preocupar familiares e amigos, todos vieram ao meu “encontro” estendendo-me a mão, pelo momento visivelmente mais difícil que eu passava. Isso nos mostra, claramente, com quem você pode realmente contar. São sempre os mesmos, é verdade! Mas, é ótimo saber que eles existem; 2) porque a minha corridinha da manhã foi excelente, eu diria, altamente produtiva…rsrs…..; e 3) porque devo tirar caras lições das reações que apresentei, diante das contingências. Acredito que da próxima vez que enteder estar passando por mais um “furacão” parecido com o que passei ontem (e que ainda repercute hoje), terei mais maturidade e não arriscarei tomar decisões, das quais, por certo, me arrependeria pouco tempo depois, como o foi dessa vez. 

Peço desculpas a todos que preocupei e agradeço a todos que se juntaram a mim, em sinal de união. Não posso dizer que nunca mais vou passar por um dia desses, escolhido a dedo, como exemplo de “problema”, mas posso certamente, ter um melhor controle sobre as minhas reações quando isso acontecer novamente.

Conselhos??!!…Não sou muito afeto a aconselhar ninguém, mas se estiver passando por um dia desses, o ideal mesmo, seria você poder suspender toda a sua agenda (profissional e pessoal) e se distanciar (fisicamente mesmo) do local em que está inserida a sua rotina. Lá, isolado ou com poucos e bons amigos, espere a “tempestade” interior, passar. Acredito que assim, a gente consegue estar mais preparado para resolver as questões, depois. Infelizmente, não foi isso que fiz. Mas, se não der pra suspender a agenda e “escapulir” por um dia, amigo, você só tem uma coisa a fazer: coloque a “faca” entre os dentes, calcule friamente todas as consequencias de seus atos, pense em sua família, em seus amigos e na vida que você tem e encare a “fera” desse dia, como se fosse um dia como qualquer outro. Acredite: ele vai terminar! E, quando este dia, ao seu final, virar as costas pra você, não se esqueça, passe a mão na bunda dele!

HSF