Montaigne e a atitude perante a morte

Quando descrevi aqui a emocionante luta pela vida de nosso vice-presidente José Alencar, enfatizando a grandeza de espírito que ele demonstrava diante de circunstâncias tão delicadas e pessoais de sua vida, parece que toquei em tema bastante polêmico e que, pelo número de visitas do referido post, é tema recorrente em muitas mentes.

Mas, não é de hoje que este assunto vem sendo tratado pelas pessoas, principalmente por pensadores. O filósofo francês, Michel Eyquem de Montaigne,  do século XVI, exprime bem este pensamento em um de seus ensaios, com uma frases das mais célebres de toda a sua coleção:

 

Michel de Montaigne
Michel de Montaigne

 

 

“…nada mostra com tanta clareza a estatura de um homem como a sua atitude perante a morte..”

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Publicado por

Haroldo Santos Filho

Advogado, contador, consultor de empresas, especialista em processo civil e direito tributário, mestre em administração, gosta de viagens, fotografia, cinema, corrida e tênis

2 comentários em “Montaigne e a atitude perante a morte”

  1. as vezes aquele revolver sem registro pode ser o nosso melhor amigo – quando voce se ve sem saida e o univo amigo é o velho e bom 38 – na morte podemos se livrar destes problemas e desta incomodaçao – respeito a quem ama a vida e eu tambem, a minha maneira amo, mas a grana pode prolongar em muito a vida de alguem com uma enfermidade grave e a tecnologia vai cada vez mais facilitar isso…se é um pobretão o cancer leva de primeira. abraços

  2. Olá Andre, obrigado por mais uma participação. Fico feliz e honrado com isso. Eu não tenho a menor dúvida de que as pessoas mais abastadas, em diversos casos, possuem vantagens sobre aquelas que, simplesmente, possuem recursos para o básico, se muito! Na doença, não haveria de ser diferente, claro! A tendência é, quem tem mais posses, tem acesso à informação mais precisa sobre o que há de mais moderno em termos de tratamentos e, certamente, se tomar as decisões certas, poderá ter uma sobrevida maior ou, quem sabe, a desejada cura. Concordo com você, portanto!
    Mas, tirar a própria vida é algo que ainda não consegui cogitar, mesmo nos piores momentos de minha vida que, ainda bem, não devem nem chegar aos pés dos verdadeiros problemas enfrentados por tantas pessoas, não é verdade!?
    Importante ressaltar que não se trata de religiosidade, não!…Quem dera!? Acho até que isso está escasso em mim. Gostaria muito de ter uma religião e, com isso, esperanças reais sobre o que nos acontece após a morte. Mas, lamentavelmente ou não, isso não ocorre. Sou muito pragmático em relação à morte. Portanto, um sistema poderosíssimo de auto-defesa é acionado, de forma a me impedir qualquer tentativa de auto-flagelo e/ou auto-destruição. Penso assim: “ruim vivo, pior morto”. Por isso, desenvolvo (sem a menor base científica, é claro! rsrs….) a tese de que o suicídio, não deve ser motivado somente por “Problemas”. Algo de patológico, hormonal e psicológico devem ter entrado em cena para fazer com que alguém tire a sua própria vida.
    Mas, isso é uma longa discussão que, certamente, não será exaurida tão cedo.
    Grande abraço.
    HSF

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