A internet e suas brincadeiras…

É claro que a internet e suas ferramentas,  diante do alto nível tecnológico que temos à disposição, se configuram como alternativas sensacionais de se otimizar o trabalho, de se fidelizar clientes, de aumentar a produção e de tantos outros feitos que, ainda bem, podem torná-lo um profissional mais completo e mais rico.

Só que , de vez em quando, alguém me manda uma novidade por e-mail, que eu chamaria de “brincadeira” da internet ou “passatempo”. É quase impossível resistir. Você fica ali, brincando com a “novidade” recebida ou que acabou de conhecer. Nada de profissional ou de operacional, mesmo! O seu tempo vai embora rapidinho….

Dá um certo peso na consciência, sim, devo admitir, mas como diria Domenico de Masi, nada como um ócio criativo, não é mesmo!? Desta vez, a “novidade” surgiu de uma “passeada” que dei pelo ótimo blog Curiosando do Rodrigo Piva que, por sinal, tá arrebentando de sucesso. Através do post intitulado “Site para brincar com suas fotos” nos é apresentado o site “PhotoFunia” por meio do qual você escolhe o modelo (template) de fotografia, previamente instalada no site, depois faz uma upload de uma foto sua (preferencialmente fechada em seu rosto) e aí, o software do site se encarrega de fazer a “adaptação”, mesclando as duas fotos, e é quando você pode acabar aparecendo, por exemplo, tatuado na “barriga tanquinho” do David Beckham……cruzes……foi só exemplo tá, gente!? Eu, hein!? Enfim, que cada um possa deixar fluir a criatividade, da maneira que melhor lhe provier….

Devo dizer que foi uma péssima época para conhecer um “brinquedo” de internet bom como este, dada a quantidade enorme de imposto de renda de clientes que ainda tenho por fazer. Mas, como eu tinha a obrigação de testar os resultados antes de divulgar aqui, fiz um teste bastante neutro e básico, como vocês poderão observar…eu, particularmente, adorei o resultado, e vocês?!….codeloco….cada dia que passa eu fico mais convencido de como eu sou apaixonado por esta tal tecnologia…..!……

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Quem disse que a velhice é para todos?

Normalmente, só quando passamos dos quarenta anos, ou quando “dobramos o cabo da boa esperança” é que começamos a tomar consciência de que estamos ficando mais velhos e de que os “bônus” relativos à idade já estão, já há algum tempo, sendo creditados em nossa conta.

É quando cai a máscara que, às vezes, inconscientemente usamos, de que juventude e imortalidade são palavras quase sinônimas. Muitos, ao perceberem que podem estar, com sorte, na metade de suas vidas, começam a valorizá-la muito mais do que sempre fizeram. Outros, por temerem o desconhecido em seu futuro próximo, entram em crise, em “parafuso”. É a famosa “crise dos quarenta” que, pode acontecer antes ou depois dessa idade, não importa. O fato é que a gente cai na real, mais cedo ou mais tarde, de que somos reles mortais e que precisamos, obstinadamente, acertar o caminho que nos levará a ter uma vida com a melhor qualidade possível, com estes mesmos reflexos junto àqueles que, com você convivem. Afinal, de que adiantaria termos a sensação de sermos felizes se estamos rodeados de pessoas amarguradas, não é verdade?!

O fato é que a velhice em si, de alguém que tenha saúde, não deve ser motivo de depressão para quem quer que seja. Devemos, sim, nos imaginar capazes de continuar realizando feitos, sonhando, traçando e atingindo metas, amando enfim, nos sentindo, verdadeiramente jovens, ainda que estejamos falando somente de nossas mentes. Mas, haveria algo mais importante do que aquilo pensamos. No final das contas, não “somos aquilo que pensamos ser”?!…

Como sou fã da boa publicidade e seguidor da máxima que entende que uma imagem supera mil palavras para expressar uma idéia, destaco a propaganda do complexo vitamínico “Centrum Silver“, destinado a pessoas com idade superior a 50 anos. No video, os “jovens” estão no meio de um “animado” jogo de poker, cuja pena para quem perde a rodada é  a desejável retirada de uma peça de roupa. Numa certa hora, a “mocinha” (gatíssima!!!) diz que não tem nada em sua mão, perdendo aquela rodada. Os caras comemoram juntos, pois vão ver aquela gata sem roupa……quando são interrompidos (surpreendidos) por um enfermeiro que, surpreso, pergunta, de forma ríspida: “ ….O que está acontecendo aqui??….” e depois dá o comando: “...voltem já para as suas camas….“. Só aí é que caem as nossas fichas e o “off” (voz de fundo) da peça nos convida: “…sinta-se jovem de novo…“.

De fato uma peça publicitária de ótimo gosto e bela produção. Acima de tudo, e independente de seus objetivos comerciais, deixa a mensagem de que a velhice, na concepção ampla (lato) da palavra é só para quem a aceita desta forma. Se a decisão é nossa, eu lhe pergunto: e você, vai simplesmente, de braços cruzados, aceitar ficar velho?!…

HSF

“Dez coisas que eu odeio na corrida”

marcos_caetano_atireiopaunogatoUma dos motivos que me fez assinar a revista O2, sem dúvida, foi a coluna “aquecimento”, do jornalista (e corredor) Marcos Caetano, de escrita fácil, acessível, engraçada e extremamente oportuna. Remexendo a minha coleção de revistas antigas (….que aliás, minha mulher,  há anos, é doida para eliminar….), tive o prazer de reler uma de suas ótimas crônicas, na revista O2 nº 12, de abril de 2004, ou seja, era o término do primeiro aninho de aniversário desta excepcional publicação, que até hoje, prima pela qualidade de suas matérias.

O título do texto era “Dez coisas que eu odeio na corrida”. De forma bem humorada, o articulista descreve acontecimentos altamente desagradáveis que, certamente, serão reconhecidos por todos aqueles que gostam e praticam a corrida com regularidade. O engraçado é que todos já passamos por algo semelhante. Na corrida de rua, são simplesmente inevitáveis os confrontos com situações, como as descritas abaixo. Quem corre, vai gostar. Parabéns, Marcos Caetano!…

1) Madames tranca-rua – São assim chamadas aquelas peruas – ou plínios de meia-idade – que preferem fazer suas caminhadas em grupos de quatro ou cinco. É claro que, para conversar, é melhor que todas caminhem lado-a-lado, mesmo que isso interdite completamente a passagem dos pobres corredores que decidem utilizar a pista de Cooper. Passo por elas várias vezes e escuto seus comentários, sempre aos berros. Os assuntos seguem mais ou menos este roteiro: enfermidades diversas no Km 1; compras no exterior no Km 2; fofocas hediondas sobre as amigas mais magras no Km 3; plástica e botox no Km 4; e as últimas da revista Caras no Km 5. Aí elas param, porque preparo físico de perua só aparece quando elas estão num outlet dos Estados Unidos. 


2) Personal dogs – Não tenho nada contra o sujeito que quer ser personal trainer do próprio cachorro (se bem que, muitas vezes, o cão é que parece estar treinando o dono), desde que ele tome as seguintes providências: pit-bull e correlatas, só com focinheira, sendo que os donos dessas bestas pavorosas também poderiam usar o artefato; nada de deixar o bicho sacudir a baba e emporcalhar o nosso tênis novinho com aquela coisa pegajosa; e, por favor, nada de coleira estilo carretel, que obriga os infelizes corredores a combinar as habilidades de fundista e pulador de corda – se não quiserem cair de cara no chão. 

3) Escarradores – Já que falamos da baba canina, existe coisa pior do que aquele camarada que espirra gritando ‘Vasssssssssco!’, puxa o catarro das entranhas, regurgita o dito cujo, vira a cara… e larga uma grossa escarrada para trás, sem ver quem está vindo? Já tive que dar alguns saltos mortais para me livrar dos disparos desses infelizes. Tá encatarrado? Melhor ficar em casa. 

4) Corredores orgásmicos – Tudo bem que correr é uma delícia. Mas será que é tão bom assim? Será que precisa gemer e gritar tanto? Você vai correndo tranqüilamente pela pista até que, de repente: ‘Arrrrrrgh!’, ‘Unnnnnngh!’, ‘Arrrrrrrfff!’, ‘Aaaaaaaimeujesus!’. É assustador! E ainda tem aqueles gritos mais pornográficos: ‘Poooorracaraaaalho!’, ‘Aaaaiputaqueospariu!’, ‘Ahhhhputameeeerda!’, além de várias modalidades de gemidos eróticos. Eu hein… Será que o shortinho de corrida desses corredores tá tão cravado assim? 

5) Marombeiros – Esses são terríveis. Vivem na academia, se entupindo de bombas e puxando ferros. Têm fôlego de tuberculoso, mas, quando passam por você, fazem uma insuportável cara de superioridade – quando não dão uma piscadela e um sorrisinho triunfal. O que os trogloditas do açaí não sabem é que, muitas vezes, aquele magrelo que eles acabaram de ultrapassar está no 17º quilômetro de uma corrida de 20, enquanto eles estão nos primeiros 300 metros de sua corrida diária de… 800 metros. 

6) Mamãe, tô na Globo! – Como são malas os caras que nunca treinam e, quando chega o dia de uma prova importante, aparecem vestidos de Chapolín Colorado, de Barbie, de caravela, de exu caveira e ficam pulando na frente das câmeras, segurando faixas e cartazes e atrapalhando o desenrolar da corrida. 

7) Ciclistas – Desculpem, mas, assim como quem tem barco à vela detesta quem possui barco motorizado, os corredores não são muito amigos dos ciclistas. Primeiro porque eles passam ventando pelas nossas orelhas; depois porque nossa classe já sofreu incontáveis baixas por atropelamentos; e por último porque eles realmente se acham membros de uma elite – mesmo já tendo aprendido que, no triatlo, quem corre mais ganha mole de quem nada ou pedala melhor. Hehehe. Gostaram dessa, pedaladores? 

8) Torcedores sacanas – Quilômetro 18 de uma meia maratona, você estouradaço, tentando encontrar forças para as últimas ladeiras… e um palhaço grita: ‘Aê, mané, a queniana já chegou faz meia hora’. Pensamos em tacar o tênis, cheio de chulé, nas fuças do infeliz. Acha fácil? Vem correr. Mas a gente respira fundo e segue em frente. 

9) Ixpicialixtax – Não importa o esporte que você pratique. Haverá sempre um especialista de plantão, sem qualquer experiência no assunto, mas, ainda assim, disposto a te dar uma aulinha. Gente que pergunta quantos quilômetros tinha a maratona que você correu, apesar de ainda não ter sido inventada uma maratona diferente daquela da antiguidade, com 42 km e uns quebrados. Ou então que insiste em saber em que posição nós chegamos, como se fôssemos o Paul Tergat. ‘Logo atrás da sua mãe’, dá vontade de responder. 

10) Ladeiras – Não há como gostar delas. Ainda que tentar, como diz o amigo Alberto Banach, ajuda bastante. Correr bem nas ladeiras é algo invejável. Gostar delas, é grave desvio de caráter. Recomendo tratamento psicológico urgente aos que pensam assim. “